A situação operacional e atual do transporte de cargas

No Brasil os constantes congestionamentos são decorrentes do histórico desequilíbrio do aproveitamento dos modais de forma racional na matriz de transporte. Outro problema é o aumento da frota de automóveis e caminhões carregados com cargas dentro dos limítrofes urbanos, a exemplo, em média aproximadamente 500 automóveis são colocados pela indústria automobilística nas estradas a cada dia (COPPEAD, 2008). Em razão destes fatos, os fenômenos de congestionamentos são constantes e geram baixa produtividade no transporte de carga a partir dos conflitos urbanos de modais, verificados principalmente na região metropolitana da cidade de São Paulo, em direção aos Portos.

A situação do Estado de São Paulo no setor de transporte de cargas com a demanda crescente de cargas é deverás preocupante porque as soluções propostas com os principais projetos portuários podem redundar também em novos custos logísticos à carga, os quais ainda não foram publicados explicitamente, pelo poder público concedente, para orientação e análise econômica do usuário do setor de transporte.

Percepções técnicas e o transporte de container no Brasil

Outro aspecto a considerar é o fato de que o usuário na grande maioria depende da infra-estrutura férrea de centros logísticos industriais, onde para gestão de transbordo ferroviário das próprias cargas usa-se o serviço de 3PLs (Third Part Logistic) com contratos e compromissos firmados diretamente com as concessionárias ferroviárias à prática intermodal.

Basicamente, um único OTM pode movimentar a demanda de contêiner e minimizar até 4.500 TEUs das estradas mensalmente.

A informação tem como base dados lastreados em debates e acontecimentos representados em eventos de relevância do setor logístico.

A CBC participou em observação participante in loco da situação no estudo de caso do container em cargas de importação e cabotagem no Porto de Santos. Verificaram-se os problemas da exploração de novas áreas em projetos fora dos limítrofes do cais é algo a discutir, bem como os riscos de avarias que advirão com excessos de movimentos de transbordo, os quais são propostos com a prerrogativa de solucionar entraves portuários.

Outra alternativa que deve ser discutida é como conduzir para fora do Porto de Santos, as cargas cativas da ferrovia, de maior volume, as quais geralmente são as commodities agrícolas, minerais e produtos siderúrgicos. Neste caso, são movimentados cerca de 60 vagões/hora o que atrapalha a melhor produtividade dos terminais de contêineres situados no corredor de exportação, compartilhando linhas férreas de áreas adjacentes ao terminal portuário de maior movimentação de contêineres da Margem Direita do Porto de Santos.