Após testes operacionais no sistema DTA Pátio MultimodalFerroviário do Porto de Santos, a ITRI Rodoferrovia, empresa que atua comooperadora rodoferroviária, verificou que algumas alterações poderiam tornar osistema de trânsito aduaneiro de transporte de contêineres entre o complexoportuário e a área de transbordo mais eficaz.

Segundoa companhia, durante o mês de setembro, período em que foi responsável portodas as operações multimodais e 30% de toda a movimentação ferroviária decontêineres, foram realizados dez testes no sistema multimodal, com autorizaçãoda Alfândega do Porto de Santos, para atender à logística de importação de umagrande montadora japonesa.

Comisso, de acordo com informações da empresa, a operação se resumiu em deslocaras cargas conteinerizadas do terminal 36 da Libra, por meio do modal rodoviário(em trânsito aduaneiro), para transbordo na área do Teval. De lá, os produtospartiam em trens expressos para o Cragea, em Suzano (SP), onde as mercadoriassão nacionalizadas.

WashingtonSoares, Diretor da ITRI, explica que a realização dos testes permitiu comprovara viabilidade da operação, mas também verificar ações necessárias para melhoraro sistema. “Hoje, o sistema aduaneiro no transporte de transferência de cargaentre a área portuária e o terminal de transbordo não permite cadastrar umadeterminada placa de caminhão duas vezes durante uma mesma operação”, explica.

Eprossegue: “Se estamos fazendo um descarregamento para uma determinada empresa,por exemplo, um mesmo caminhão pode fazer o trajeto uma única vez, pois, mesmocom a pequena distância entre os locais, o sistema aduaneiro aceita apenas umcadastro daquele veículo”.

Isso,segundo ele, faz com que o veículo permaneça mais tempo ocioso demandando maiscaminhões em uma operação aumentando os custos logísticos para o operador.“Passamos essa verificação para a Receita Federal, a ideia é que a entrada dosconteineires não seja realizada de acordo com a placa do caminhão que otransporta, o que acaba engessando o serviço”.

Deacordo com as estimativas do executivo, caso essa norma fosse deixada de lado,poderia haver uma redução de até 20% no custo da operação. “Verificada anecessidade, que visa melhorar a produtividade da frota de caminhões e menorescustos ao usuário do porto, levamos a sugestão de alteração do sistema àsautoridades responsáveis”, garante.

Noentanto, de acordo com Soares, estas ações, que acabam atrapalhando a operação,visam estritamente a segurança da carga. “O sistema tenta prevenir extravios decarga, com o controle rígido de entrada e saída de veículos”, detalha.

Meio-ambiente

Soaresafirma que, a partir dos testes, a companhia iniciou estudos para otimizar afrota de deslocamento entre os terminais, pois as grandes empresas usuárias doporto de Santos não estão em busca, apenas, das melhores condições logísticasem termos de custo e tempo, mas também na utilização de veículoseco-eficientes.

“Estudamos a possibilidade de trabalhar com locomotivas,veículos e caminhões híbridos, que combinam combustíveis não convencionais amotores elétricos, emitindo até 70% menos poluentes e consumindoaproximadamente 30% menos, para atender à demanda com modelos focados nasustentabilidade”, conclui. (Fonte: WebTranspo 19/11/2009)