O desenvolvimento econômico e social dos povos sempre esteve intimamente ligado aos transportes. No mundo moderno cada modalidade de transporte exerce um papel bem definido segundo suas próprias características. O transporte marítimo, pela sua maior capacidade de deslocamento, domina o mercado intercontinental de cargas da mesma forma que o aéreo, pela sua rapidez, não tem concorrentes na movimentação de passageiros. Os dutos são imbatíveis no atendimento de importantes fluxos de produtos líquidos e gasosos. Nos transportes terrestres os caminhões são praticamente os donos da carga geral graças a sua flexibilidade e por realizarem o serviço “porta-a-porta” sem depender de outra modalidade. A ferrovia, operando com trens cada vez mais longos e pesados, passou a concentrar sua atuação no transporte de minérios e outras cargas a granel. Se no Brasil o transporte ferroviário de passageiros de logo percurso foi extinto, na Europa, no Japão e outros países, os trens de alta velocidade concorrem com as pontes aéreas onde a demanda é elevada.
Para racionalizar o transporte da carga geral surgiu, há pouco mais de meio século, uma caixa metálica padronizada chamada Contêiner, que além de racionalizar e dar maior segurança a carga transportada, permite a integração entre as diversas modalidades de transporte.

Se no comércio internacional o contêiner revolucionou o transporte marítimo de carga geral, no mercado doméstico a participação do trem ainda deixa muito a desejar devido às deficiências de nossa malha ferroviária, não só no que se refere aos traçados, diferença de bitola e gabaritos apertados, baixa velocidade e excesso de passagens de nível.

René Schoppa
Assessor da CBC